50 tons de polêmica




Ao som da novíssima e quentíssima versão do mega hit Crazy in Love, Beyoncé embalou o trailer do filme “Cinquenta Tons de Cinza”, que já é o mais visto do ano atingindo mais de 36 milhões de views em cinco dias.




O filme é baseado no
best-seller homônimo que encabeça a série consagrada da autora E. L. James. A história de Anastasia Steele é vivida pela atriz Dakota Johnson e sua tórrida e polêmica relação com o mega empresário Christian Grey, interpretado por Jamie Dornan. O filme ainda conta com participações dos atores Luke Grimes, Eloise Mumforde e da cantora Rita Ora. A produção ficou por conta do diretor Sam Taylor-Wood.





 Confiram:



A série, que vendeu mais de 10 milhões de exemplares em apenas seis semanas, é uma fanfic da saga Crepúsculo banhada em polêmica do início ao fim. Eu tive a oportunidade de ler o primeiro volume e vou contar um pouco qual foi minha impressão.


 O livro conta a história do romance entre Anastasia Steele, recém-formada em literatura, que ao entrevistar o empresário Christian Grey se apaixona perdidamente e vive uma relação extremamente polêmica.  O bilionário e malvado se apaixona pela jovenzinha indefesa —  juntos começam uma aventura sexual suja, comprada e abusiva —, fazem um contrato cheio de cláusulas pitorescas para selar o seu “romance”.

Para mim, '50 Tons' segue uma linha já desgastada e utilizada há décadas pelas antigas revistas de contos ‘Sabrina’.


O que mais me intrigou em relação ao estrondoso sucesso da trilogia é que seu grande público, composto por mulheres, afirma encontrar no livro a liberdade e independência sexual buscada ao longo dos anos. Mas a verdade retratada pelo best-seller é uma incrível inversão de valores, onde fica evidente que a autora quer mostrar que para uma mulher sentir prazer ela precisa é na verdade satisfazer os prazeres de seu parceiro e que sem um homem uma mulher é incapaz de se contentar, o que sabemos está bem longe da realidade.

O livro vende uma ideia extremamente machista de que apesar de toda a independência conquistada pelas mulheres ao longo da história, na verdade elas almejam é um relacionamento tradicional, em que acabam sendo as submissas e o homem a pessoa experiente, dominante e provedor tanto dos bens materiais quanto dos prazeres sexuais.


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