Acredito que cada período, cada fase das nossas vidas, vem para nos proporcionar algum ensinamento específico. As lições variam de pessoa para pessoa, pois cada ser é único. Entretanto, algumas experiências acabam seguindo um padrão. Você pode chamar isso de inconsciente coletivo se quiser ou simplificar com a sentença 'coisas pelas quais todos nós passamos eventualmente'.
Durante as 24 horas que compõem o nosso dia, estamos cercados por pessoas. Sejam familiares, cônjuges, amigos, colegas de trabalho, completos estranhos, etc. "Nenhum homem é uma ilha", já dizia John Done, poeta inglês do século XVII. Sim, as relações interpessoais são essenciais, mas nenhuma relação é — ou deveria ser — mais importante que a que temos com o nosso próprio ego.
Seus amigos podem te adorar, mas nem sempre eles serão capazes de te entender completamente. Sua família pode te dar todo apoio, mas em algum momento você terá que tomar suas próprias decisões. Seu companheiro de vida pode te amar, mas vocês não são uma única pessoa divida em dois corpos. Acima de tudo, as relações acabam. Já perdi amigos e amores o suficiente para perceber que esse é o curso natural de algumas histórias. Até mesmo a instituição familiar, na qual nascemos e nos criamos, tem suas rachaduras. No fim disso tudo, quem sobra? Sim, só você mesmo, meu caro.
Nos acostumamos com relações medíocres e até mesmo nocivas por medo de encarar a nós mesmos. Cada dia mais acredito que é somente na solidão que realmente nos conhecemos. Christopher McCandless (se você não o conhece, vá já assistir ao filme Na Natureza Selvagem!) disse que a felicidade só é verdadeira quando compartilhada. McCandless estava certo em sua colocação, mas felicidade sem autoconhecimento não é felicidade, é ilusão e alienação. As respostas das nossas vidas só nós mesmos podemos nos dar.
No fim das contas, nós somos nossos melhores companheiros. Dê valor ao tempo com a pessoa que realmente importa: você.
Imagens: reprodução/ Pinterest
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